No Brasil, terra de muitos contrastes, apesar de as mulheres serem a maioria da população, ou seja, quase 52% de brasileiras, a representação nos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – está longe de contemplar a maioria feminina.

No Legislativo, em geral, a mulher representa 15% dos parlamentos municipais, estaduais e nacional. O Judiciário, onde a mulher ocupa espaço estudando e se qualificando para os concursos, apresenta a melhor performance, 38,8%, longe do ideal da igualdade.

É pouco ou quer mais? Pois tem. No Brasil de hoje, 34,4 milhões dos lares são sustentados pelas mulheres, ou seja, quase metade das famílias brasileiras. Isso tudo somado, diminuído, multiplicado e dividido, significa que a mulher tem direito a uma maior representação.

Quando realizamos o primeiro Dia da Mulher Trabalhadora na Construção e no Mobiliário de Londrina e Região, em 2004, resgatamos o fato de que o matriarcado dominou a humanidade até cerca de 10 mil anos atrás, ou seja, até o surgimento das primeiras aldeias.

Naquele momento, avaliando o que acontecia com a Terra, concluímos que o patriarcado se mostrara incompetente pra garantir a sobrevivência da humanidade. Como disse a feminista maior do Brasil, Rose Marie Murato, se não fossem as mulheres, a espécie humana teria sucumbido há muito tempo.

Por essas e por outras, o Sintracom-Londrina, conclama todas as mulheres trabalhadoras nas categorias que representa, a participarem ativamente da política. Seja disputando eleições, seja votando com consciência.

O Sindicato tem feito a parte que lhe cabe, abrindo espaço à participação feminina em sua diretoria. Ainda estamos longe de atingirmos a igualdade entre homens e mulheres, que somente será atingindo se nos dermos as mãos e caminharmos juntos.

Carpinteiro Denílson Pestana da Costa
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Londrina e Região.