Os discursos no Plenário da Câmara dos Deputados evidenciam a polarização sobre a reforma da Previdência (PEC 6/19).

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que a proposta é o “alicerce para a reconstrução do País”. “É uma previdência justa, solidária, que atende aos mais pobres, combate privilégios e foi construída com ajuda de deputados”, afirmou.

Já o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) afirmou que a proposta privilegia a elite econômica. “Impõe aos trabalhadores o sacrifício da crise”, comentou. Ele acusou o governo de “mentir” ao prometer a geração de empregos com a aprovação da reforma da Previdência.

Em termos gerais, o texto estabelece idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres e muda o cálculo do benefício para dificultar a integralidade. O piso será 60% da média das contribuições, que poderá ser ampliado com mais tempo na ativa.

Divergências
O deputado Gervásio Maia (PSB-PB) acusou o governo de acionar um “rolo compressor”, com a liberação de emendas, em detrimento da população. “Vai promover um ajuste fiscal no lombo da classe trabalhadora”, disse.

A deputada Dra. Vanda Milani (Solidariedade-AC) disse que os contrários à proposta divulgam informações incorretas sobre o texto. O envelhecimento da população, segundo ela, impõe a reforma da Previdência. “Chegamos a um momento de muitos aposentados sustentados por poucos na ativa. A Previdência deficitária de hoje caminha numa bola de neve”, destacou.

Agência Câmara, 10 de julho de 2019