A decisão do Ministério da Saúde em suspender contratos para fabricar 19 remédios para quem sofre de câncer, diabete e transplantados, é uma medida desumana, atenta contra à vida e pode destruir o Sistema Único de Saúde (SUS). A avaliação foi feita nesta terça-feira (16) por parlamentares no Congresso Nacional.
O Estado de S. Paulo divulgou nesta terça-feira (16) a lista dos medicamentos de alguns dos principais laboratórios do país: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Os remédios são distribuídos gratuitamente para cerca de 30 milhões de pacientes.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou a medida um crime. “Remédios fundamentais para a vida de milhares de pessoas serão cortados. Um governo comprometido com a morte”, disse ele.
A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), diz que o governo Bolsonaro está na contramão de tudo ao suspender contratos com laboratórios públicos que produzem medicamentos para pacientes com sérios problemas.
Vice-líder da Minoria, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), afirmou que depois da educação Bolsonaro agora na saúde pública brasileira. “O objetivo? A desconstrução do SUS”, considerou.
Para o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) suspender a fabricação de 19 medicamentos é de uma desumanidade absurda, algo de gravíssimas repercussões. “Mais uma boçalidade do Jair Bolsonaro contra o povo brasileiro”, disse.
O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou que os pacientes dependem da medicação, a maioria com câncer, diabetes e transplantados. “O descaso com a saúde da população é uma constante. Há uma clara intenção de sucatear o sistema para privatizá-lo”, protestou.
Para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), com a medida o governo Bolsonaro não deixa dúvida que “odeia os pobres”.
“Um governo do atraso, da irresponsabilidade, e de um ataque brutal e desmedido contra a população brasileira”, protestou a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP).
Confira aqui a lista dos remédios