Mercado informal domina o setor.
A coluna “Painel” do jornal Folha de S. Paulo informa que o ano já acabou para a construção civil. O setor não acredita na panaceia da “reforma” da Previdência Social. Quem ainda pode se beneficiar são empresas de material de construção ou escritórios que atuam no início dos projetos — a construção propriamente dita deve colher os frutos só em 2020.
“Há um lapso de tempo entre a tomada de decisão de investimento e o desembolso no canteiro”, diz Eduardo Zaidan, do Sinduscon-SP (sindicato da construção). A estimativa é que o PIB do setor suba 1% a 2%, mas impulsionado pelo mercado informal, não pelas construtoras. Para piorar a situação, os custos estão em alta. A inflação do setor nos últimos 12 meses até abril cresceu 6,59% —só insumos como areia e aço, por exemplo, avançaram mais que 12%.
O financiamento imobiliário ainda respira: o número de imóveis dados como garantia em venda de apartamentos ou casas aumentou 15% nos 12 meses até fevereiro deste ano, segundo a Fipe e a Arisp (associação dos registradores de imóveis). No mesmo período, a quantidade de imóveis retomados por inadimplência caiu 15,5%, o que pode indicar melhora no segmento, segundo a coluna.