Associação das incorporadoras estima que a deficiência o país é de 7,8 milhões de moradias.

Colocar fim ao déficit habitacional no Brasil, ou seja, quantidade de cidadãos sem moradia adequada, pode levar quase 30 anos, se levados em consideração o ritmo atual de financiamento para a construção de imóveis residenciais e o crescimento da população. É o que diz o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antonio França.

A estimativa da associação é que faltem 7,8 milhões de moradias e, para zerá-la, seriam necessários 14 anos. Nos próximos dez anos, entretanto, esse déficit terá um crescimento adicional de 9 milhões de moradias, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) citado por ele. Por isso, o tempo necessário para colocar fim ao déficit subiria para 29 anos.

“É necessário um funding muito acima do atual”, disse França, nesta quinta-feira em audiência pública no Senado promovida pela comissão mista que debate a Medida Provisória (MP) nº 889, que trata das regras para os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e PIS/Pasep.

Valor Investe, 25 de setembro de 2019