Diversas cidades registraram panelaços com gritos de “fora Bolsonaro”. Mobilização defende democracia e ataca o presidente de extrema-direita.
Um grande panelaço foi ouvido em diferentes cidades do país, com gritos de “fora Bolsonaro”. A mobilização, apesar de puxada por movimentos, ganhou com a espontaneidade a adesão de cidadãos em dezenas de cidades. Foi mais um dia de participação infeliz do presidente em torno da crise causada pelo novo coronavírus, num país em quarentena em razão da pandemia.
Tudo vindo a agravar um cenário de desemprego, retirada de direitos, cortes em investimentos e serviços públicos. Bolsonaro é um dos poucos “chefes de Estado” de países relevantes no cenário mundial a desprezar a crise do coronavírus e a retardar medidas descontentamento com o presidente de extrema-direita foi o descaso dele com a doença.
Atos em defesa da democracia, da Educação, da Saúde e dos serviços públicos estavam marcados para hoje (18). Foram cancelados por conta da pandemia de Covid-19. Eles eram puxados por um conjunto de movimentos sociais que não deixaram a mobilização de lado, apesar da responsabilidade diante do avanço do novo coronavírus. A agitação nas redes, greves de setores da educação e da saúde e o panelaço da noite compuseram o dia de protestos.
Imagens e sons de panelaço circularam por grupos de WhatsApp e outras redes, com gritos de “fora Bolsonaro”. Apoiadores do ex-presidente convocaram barulhos para às 21h.
O panelaço previsto para as 20h30 foi antecipado em muitos lugares, que desde antes das 20h começaram a divulgar ações pelas redes. Cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo registraram os protestos nas regiões centrais e nos bairros pobres. Hoje em maior número do que ontem, quando também ouve “pré-panelaços” após um pronunciamento de Bolsonaro.
Em outro pronunciamento realizado nesta tarde, Bolsonaro chegou a convocar panelaços em seu apoio, e pediu para que a imprensa “falasse bem dele”, como “técnico de um time ganhando de goleada”.