Em Brasília, sindicalistas discursam a favor da paralisação e contra a PEC da “reforma” da Previdência. Setor de transportes deve aderir
Centrais sindicais e movimentos sociais intensificam a organização para a greve geral marcada para o dia 14, contra a “reforma” da Previdência. Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, a mobilização em torno de paralisação nacional está maior que a do período anterior ao movimento deflagrado em 28 de abril de 2017. “Tenho percorrido muitos estados e percebo como a preparação está grande. Isso é resultado da unidade (entre as centrais) que temos construído desde o final do ano passado. Vivemos um retrocesso não apenas nas relações de trabalho, mas de civilização”, afirmou o dirigente durante plenária realizada na noite de ontem (4), na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, na região central da cidade.
Nesta quarta-feira (5), sindicalistas discursaram na Câmara dos Deputados em defesa da greve geral. Eles participaram do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores dos Transportes. Assembleias da categoria já votaram a favor da participação no movimento do dia 14, e plenária realizada hoje em Brasília reforçou essa decisão. O bloco tem coordenação do deputado Valdevan Noventa (PSC-SE), presidente licenciado do Sindicato dos Motoristas de São Paulo.
As centrais estão definindo um calendário de mobilização para os próximos dias, preparando a greve. Para amanhã e sexta-feira (dias 6 e 7), deve ser realizada panfletagem em vários pontos da capital paulista e atividades com ênfase nas periferias. No início da semana que vem, continuarão a ser coletadas adesões para o abaixo-assinado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6. Na véspera da paralisação, haverá um dia “de agitação e propaganda”.
Em São Paulo, o dia de greve deverá ser encerrado com um ato diante do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 16h.