De acordo com o IBGE, pretos e pardos somam dois terços dos desempregados. Mulheres são mais da metade.
Se a taxa de desemprego já é alta no país, atingindo seus maiores níveis, ela sobe ainda mais entre trabalhadores pretos e pardos (classificação usada pelo IBGE) e mulheres, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (19). Com média nacional de 11,8%, a taxa atinge 13,9% no caso das mulheres, 13,6% para pardos e 14,9% entre os negros.
Em relação aos homens, a taxa do terceiro trimestre fica abaixo da média nacional: 10%. A das mulheres é quase 40% maior, com seus 13,9%. Sobe a 16,7% na região Nordeste e cai a 9,8% no Sul. O nível de ocupação dos homens é de 64,6% e o das mulheres, 45,9%. Entre os desempregados, elas são maioria, com 53,3%.
No recorte por cor, enquanto pretos têm taxa de 14,9% e pardos, de 13,6%, a dos que se declararam brancos cai para menos de um dígito (9,2%). No primeiro trimestre de 2012, essas taxas eram de 9,6%, 9,1% e 6,6%, respectivamente. A média nacional ficava quase quatro pontos abaixo da atual (7,9%).
Em 2012, a estimativa era de 7,6 milhões de desempregados, sendo quase metade (48,9%) pardos. Os pretos eram 10,2%, somando 59,1%. Os brancos representavam 40,2%. Agora, com 12,5 milhões de desempregados, os pardos são 52,9% e os pretos, 12,8%, em um total de 65,7%. Os brancos são 34,3%.